Este volume anuncia, como diz o autor, “ensaios de vária lição e não muitas conseqüências”. Versam sobre diversos temas e são para o autor modos diversos de exercitar uma mesma atividade, de dar vazão a um mesmo afeto: “O afeto que me move é o mais vivo que encontro em meu coração. Ressuscitando o lindo nome que usou Espinosa, eu o chamaria amor intellectualis. Trata-se, pois, leitor, de uns ensaios de amor intelectual”.
Neles o autor adota o seguinte procedimento: dado um fato — um homem, um livro, um quadro, uma paisagem, um erro, uma dor —, trata de levá-lo pelo caminho mais curto à plenitude do seu significado.
Nesta que é talvez uma de suas obras mais famosas — e a primeira que publicou —, Ortega y Gasset propõe aos leitores mais jovens que expulsem de seus ânimos todo hábito de odiosidade e aspirem fortemente à volta do amor em administrar o universo. Para fazê-lo, não faz senão apresentar-lhes sinceramente o espetáculo de um homem agitado pelo vivo afã de compreender.
Sobre o Autor:
José Ortega y Gasset (1883-1955) foi um distinto filósofo e escritor espanhol, um dos mais prolíficos de todo o século XX. Ao longo de sua carreira, também exerceu as atividades de ensaísta, crítico cultural, teórico social, educador, político e editor do influente jornal espanhol Revista de Occidente. Autor de uma escrita brilhante e envolvente, tratou de uma vasta gama de assuntos e problemas, sempre com uma extraordinária agudeza de espírito. Além destas Meditações do Quixote, algumas de suas obras mais notáveis são O homem e os outros, O que é filosofia? e o clássico A rebelião das massas. Seus maiores trabalhos revelam uma capacidade intelectual de amplo alcance, que articula as mais diversas experiências humanas através das perspectivas da fenomenologia, do historicismo e do existencialismo.
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